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Musicart

Vodafone Mexefest 2017: roteiro Musicart

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Todos os anos, por esta altura, o ritual repete-se: pegar na lista de artistas confirmados e adicionar a uma playlist para, a partir daí e com recurso aos horários das actuações, criar um roteiro para cumprir (ou pelo menos tentar) durante os dois dias de Festival. É aqui, ainda antes do início do próprio evento, que uma das missões do Vodafone Mexefest é posta em práctica. Dar a possibilidade de conhecer nomes emergentes ou menos conhecidos do público português.


O resto acontece na Avenida da Liberdade onde, este ano, a "maratona musical" chega nos dias 24 e 25 de Novembro com a mesma receita dos outros anos. Música para (quase) todos os gostos em algumas das Salas mais bonitas e emblemáticas da baixa da cidade.
Em crescendo ao longo das 8 edições anteriores, o Hip Hop volta a ser uma das apostas fortes, tal como a escolha de artistas nacionais, que ajudam a compor um Cartaz bem mais apelativo e equilibrado do que o do ano passado. Mesmo com o cancelamento de última hora de Jessie Ware.
Já as novidades anunciadas até ao momento são menos do que as habituais. Destaque para a entrada do Palácio da Independência no mapa, numa troca com a Sociedade de Geografia de Lisboa e a exibição do documentário "Soul of America", em homenagem a Charles Bradley.

Este ano, o desafio é o mesmo dos últimos três anos: ver o máximo de concertos possíveis, durante o maior período de tempo possível, percorrendo o mínimo de quilómetros possíveis. O resultado práctico também vai ser o mesmo: impossível.
Vamos a isto?


Dia 24

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Como que um "cara ou coroa" ou outro jogo de sorte, é o trânsito no centro da cidade e a zona onde o carro vai ficar estacionado que vão definir o ponto de partida. A ideia será estrear o Palácio da Independência, onde a Ciência Rítmica Avançada está "hospedada" nesta edição, para ouvir TNT a partir das 19H30 ou visitar Pauli., que à mesma hora actua na Sala Montepio do Cinema São Jorge.
Às 20H05, a primeira de três visitas ao Capitólio para um dos nomes mais esperados desta primeira noite: IAMDDB, que traz de Manchester a junção entre o Trap, o Jazz e o Neo-Soul. Primeira pausa para repor energias, mas sem sair das redondezas, que Oddisee pisa o mesmo palco a partir das 21H20, onde apresenta ao público português o mais recente trabalho, "The Iceberg".
Mais ou menos uma hora para dividir entre Surma (Cinema São Jorge, 21H40) e Hak Baker (Garagem da EPAL, 22H), antes de nova subida ao Parque Mayer para o último concerto do dia no Capitólio. Às 22H50, Valete volta a mostrar o seu "Rap Consciente" ao vivo, poucos meses depois de o ter estreado em palco com Lingua Franca, no Super Bock Super Rock.
Meia-hora para descer em passo lento até ao Coliseu, onde às 0H30 os Orelha Negra voltam a tocar ao vivo os temas do novo álbum, no encerramento do primeiro dia de música, que acabou por ser aliviado pelo cancelamento de Jessie Ware.

 

 

Dia 25

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O segundo dia de Vodafone Mexefest começa logo às 18H com uma série de três concertos seguidos no Capitólio. Nasty Niles no Terraço, Conjunto Corona nos Bastidores (19H) e por fim, o rapper do colectivo Pro Era, CJ Fly, sobe ao palco do Cine-Teatro às 20H.
Perto das 21H, o primeiro percurso de maior distância para os primeiros confirmados desta edição. Os Cigarettes After Sex actuam no Coliseu dos Recreios e convidam a uma visita a Karlon que, 20 minutos antes, actua mesmo ali ao lado, no Palácio da Independência.
Os maratonistas ainda conseguirão apanhar Statik Selektah no Capitólio (21H), antes de Mahalia dar-se a conhecer ao público português, às 21H45, na Sala Montepio do Cinema São Jorge. E como a descer todos os santos ajudam, o Palácio da Independência volta a servir de paragem obrigatória antes de um regresso ao Coliseu. Eva Rapdiva tem início marcado para as 22H, enquanto que os versáteis Everything Everything tocam às 22H45. 
Para as últimas actuações da noite, muito provavelmente, vai ser preciso recorrer ao Vodafone Bus. É que Sevdaliza passa pelo São Jorge às 23H45 e SlimCutz pelo Sótão do Tivoli às 0H.
O fecho do Festival volta a estar entregue à Electrónica. Bem entregue, diga-se. Desta vez é com Moullinex, que tem oportunidade de mostrar ao vivo alguns dos mais recentes trabalhos, como "Love Love Love" ou "Carnival".

 

Está feito o roteiro. Agora, força nas canetas e muita hidratação. Bons agasalhos e preparação para a chuva, que parece não querer esperar até domingo.
Tudo a postos!

 

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Wasted Rita: sad, but not really

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Depois de "The People, The Living Dying and All The Sarcasm Fun in Between" ter passado pela cidade do Porto há pouco menos de um ano, Wasted Rita desceu até Lisboa com "As Happy As Sad Can Be". Ou melhor, "As Happy As OK Can Be". A reformulação do nome surge num dos trabalhos expostos na galeria Underdogs, já que "sad" não era bem o mood, conforme indicou em entrevista ao DN.

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Nesta exposição, Wasted Rita mantém-se fiel ao que têm sido os seus trabalhos. Palavras fortes, sarcásticas, sem filtros, sustentadas pelos mais variados suportes e formatos para que possam ser evidenciadas.

Em "As Happy As Sad Can Be", os quadros e instalações dividem-se por vários ambientes. Desde um quarto em tons de amarelo dedicado ao feminismo, a uma divisão preenchida com papel de parede às flores e um sofá vermelho, que parece ser perfeito para uma consulta de psicologia. Há ainda um espaço dedicado à Internet e uma obsessão com comida patente em mais do que um local.

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Além dos contrastes, das cores fortes e dos neons luminosos, salta à vista a criatividade dos objectos. A mensagem e a visão que Wasted Rita tem do Mundo e daquilo que a rodeia, é passada através de chávenas e um bule, de latas de bebida e uma caixa de Pizza, de um letreiro de Cinema, peças de roupa, cartas, desenhos, quadros e até mesmo de uma máquina, onde por 50 cêntimos podemos apanhar um objecto e comprá-lo por 50€, 75€ou 100€.

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Até ao dia 18 deste mês, na Underdogs, ainda é possível dar uma vista de olhos nestes e noutros trabalhos.
Fica a sugestão para os próximos fins-de-semana.