Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Musicart

Selecção Musicart: Músicas do ano #2016

Selecção Musicart 2016.jpg


O ano está a chegar ao fim e é altura de passar em revista estes quase 365 dias.
À semelhança do ano passado, o Musicart criou uma selecção com 20 temas nacionais que ao longo de 2016 passaram várias vezes por estas colunas e que de alguma forma se destacaram.



Branko
 & Mayra Andrade - Reserva Pra Dois





Grognation - Molio





Holly Hood - Cobras & Ratazanas





Marta Ren & The Groovelvets - So Long





Maze - Moinhos de Vento





MGDRV - People à Rasca





Mike El Nite - T.U.G.A.





Mishlawi - Always on my mind





Mundo Segundo & Sam The Kid - Também faz parte





NBC - Acorda





Orelha Negra - Parte de mim





Regula - Tarzan





Richie Campbell - Do Yout Not Wrong





Sam The Kid & Boss AC - Caravana





Sara Tavares - Coisas Bunitas





Sensei D. ft. Nerve, João Tamura & Noiserv - Brightly Night





Sir Scratch - Eternamente





Slow J - Vida Boa

 





Valas - As Coisas





Xinobi - Charm

 

Estas 20 músicas poderão ser ouvidas em formato de playlist aqui.

Um mercado perdido em Lisboa

unnamed.jpg


Durante os dias 10 e 11 de Dezembro há um mercado perdido em Lisboa. Chama-se Lost Market e apresenta-se no Lost Lisbon, no Cais do Sodré, com um novo conceito de "Home Market".

Como o nome indica, trata-se de uma feira em casa. Numa casa que, mais do que uma guest house, é uma colectividade que apoia e divulga projectos de todas as áreas criativas e que dá pelo nome de Lost Collective.
Localizado no 2º andar do Nº 10 da Travessa do Corpo Santo, a um passo da famosa Rua Rosa, o Lost Lisbon tem vindo a receber na sua bonita e ampla sala, exposições, workshops, concertos entre outro tipo de eventos. Agora é a vez de reunir as várias áreas criativas num mercado de Natal.

14900577_1905838806306784_3078015618470186984_n.jp


Ao todo serão 35 bancas por dia, que vão desde a gastronomia à moda, acessórios ou terapias alternativas.
Em simultâneo, o Lost Market contará ainda com a apresentação do novo livro de ilustrações de Isabel Malheiro Araújo e uma after-party, com o selo Future Classics, para animar o final das compras.

Todas as informações em: Lost Market - Mercado de Natal


Vodafone Mexefest 2016: uma maratona de música

Vodafone Mexefest.jpg


Se, como já era de prever, a noite de sexta-feira foi mais tranquila, com caminhadas que se ficaram pelo percurso entre o Parque Mayer e o Coliseu dos Recreios, o sábado foi quase sempre feito em passo acelerado, até porque a chuva decidiu aparecer e não deu tréguas.

Não foi possível seguir na integra o roteiro planeado, mas isso não foi impedimento para conhecer novas vozes, novas salas e sair da Avenida da Liberdade com a sensação de que, mais uma vez, valeu a pena.

Por ordem cronológica, estes foram para nós os sete concertos em destaque:


1. Talib Kweli

Talib Kweli.jpg


Para esta edição, Talib Kweli era um dos nomes mais aguardados pelo público e a boa moldura humana presente no Cine-Teatro Capitólio comprovou-o. 
O rapper norte-americano correspondeu às expectativas. Mostrou-se dono da palavra, tanto nas rimas que compõem os temas que o acompanharam ao longo dos vinte anos de carreira e que fez questão de apresentá-los em formato best of, como nas mensagens e apelos dirigidos ao público.

Além da japonesa DJ Sarasa, responsável pelos beats e samples que saíam das colunas do Capitólio, Talib Kweli fez-se acompanhar pelo brasileiro Niko Is, que o ajudou a animar parte de um espectáculo onde não faltaram as homenagens a referências como J Dilla, Michael Jackson, Bob Marley ou Wu-Tang Clan. 

Perdemos a aguardada "Get By" com que fechou o concerto, mas o que vimos foi suficiente para deixar mais uma vez a certeza de que o hip hop vive um dos pontos mais altos de sempre em Portugal.



2. NAO

NAO.jpg

Quando chegámos ao Coliseu dos Recreios, já a voz de NAO, que tem tanto de doce como de poderosa, fazia vibrar o público presente na sala.

O funk, a electrónica e o R&B (ou "wonky funk", como ela o descreve o seu género), estavam em perfeita sintonia. E a dança, o jogo de luzes a evidenciar a roupa e o cabelo, aliados à simpatia da cantora, que ia fazendo um esforço para falar em português, foram o complemento perfeito para que este fosse um dos melhores espectáculos desta edição do festival.

Os temas mais conhecidos, como "In the Morning", "Fool to Love" ou "Bad Blood", fizeram parte de um alinhamento que conquistou um Coliseu praticamente cheio.



3. Gallant

Gallant.jpg


Torna-se impossível não fazer comparações. Gallant tem um bocadinho de Maxwell, por vezes soa a Sam Smith, mas depressa apercebemo-nos de que é mesmo ele, num misto de uma voz soberba e uma energia incontrolável.

Perante um Coliseu que foi enchendo com o passar do tempo, bastaram apenas duas músicas para surgir um "wow" em uníssono, como reacção a um dos falsetes do cantor.

Anunciado como uma das promessas do soul / R&B, o cantor americano não acusou minimamente o peso da responsabilidade e montou um espectáculo que, não sendo perfeito (pecou por momentos demasiado longos), andou lá perto e fê-lo, com toda a certeza, ganhar um novo leque de fãs em Portugal.



4. Sara Tavares

Sara Tavares.jpg

Não é fácil de partilhar o tempo com Mallu Magalhães, Elza Soares ou PZ mas, de sorriso aberto e guitarra nas mãos, Sara Tavares esteve em perfeita sintonia com um público que foi perdendo a timidez ao longo do concerto.
Entre os que se levantavam para gingar as ancas e os que se abanavam na cadeira, ninguém ficou indiferente aos ritmos africanos e à voz da cantora.

No regresso a uma sala marcante como o Cinema São Jorge, onde gravou um concerto há oito anos, trouxe de volta êxitos como "Ponto de Luz" ou "Balance" e estreou o mais recente tema "Coisas Bonitas".
Não havia melhor regresso possível.


5. Mayra Andrade

Mayra Andrade.jpg

Tinha feito uma reserva para dois, mas apareceu uma multidão capaz de impressionar a própria Mayra Andrade

Aquela que é uma das vozes do momento, muito por culpa do sucesso do tema em conjunto com Branko e que levou muitos curiosos a quererem conhecer melhor o seu trabalho, encheu o Cine-Teatro Capitólio de versatilidade, com temas cantados em português do Brasil, crioulo ou até mesmo em francês. E fá-lo bem em qualquer um dos registos. 



6. Digable Planets

São Jorge.jpg

Na noite de sábado, o Cinema São Jorge estava destinado a ser uma sala de regressos. Depois de Sara Tavares, os Digable Planets.
O grupo de hip hop formado em 1992, voltou a juntar-se para uma digressão que contemplava este concerto e houve muita gente que não quis perder a sua passagem por Portugal.

Por trás do trio composto por Butterfly, Ladybug Mecca e Doodlebug, estava uma banda que os complementou na perfeição e não foi preciso esperar muito para ver grande parte do público a levantar-se, em movimento, ao ritmo de batidas e letras que se mantêm intemporais. 


7. Branko

Branko.jpg

Responsável por fechar a 8ª edição do Vodafone Mexefest, Branko apresentou-se entre letras luminosas e ecrãs que foram passando ininterruptamente imagens à volta do Mundo, enquanto um "Atlas" remisturado fazia dançar um Coliseu praticamente lotado.

A viagem começou com "Paris-Marselha" e terminou com Mayra Andrade em palco, para cantar o mais recente single em conjunto, "Reserva Pra Dois". 

Um autêntico espectáculo visual dentro de um espectáculo de música. Branko está, definitivamente, noutro patamar e foi a escolha acertada para fechar em grande o festival.



Fotografias: Vodafone Mexefest