Marcelo, o nome próprio daquele que um dia quis passar a ser Fat Cap e arrancar para uma carreira que dura há dez anos e que o transformou num dos incontornáveis nomes do Drum & Bass em Portugal.
A ligação à música começou com apenas doze anos. A paixão pelo Drum & Bass surgiu mais tarde. Misturar dois discos em casa de um amigo foram o mote para ganhar o gosto, partir para a gravação dos primeiros sets e partilhá-los dentro do circulo de amigos, até surgirem os primeiros convites para tocar.
O ano de 2006 foi o ponto de partida como DJ e um ano depois já á arrecadava o primeiro prémio, atribuido pela Cows on Patrol (à data, o principal foco de noticias e acontecimentos no Drum & Bass).
As primeiras produções surgiram em 2012, dois anos depois de se dedicar à actividade. Voltou a não ser preciso esperar muito até surgirem as primeiras distinções. Foi nomeado para "Melhor Produtor Nacional" e "Melhor Tema Nacional de Drum & Bass" em 2012, enquanto que em 2013 foi eleito o segundo melhor produtor nacional e 4º melhor DJ nacional de Drum & Bass.
Outra das conquistas de valor para o DJ / Produtor, aconteceu num concurso dirigido pelo DJ Fresh, em que arrecadou o 2º lugar, depois de ter partido em 1º na fase de votação do público.
No passado mês de Novembro, lançou o EP "Bateria e Baixo", com o selo Rimas e Batidas. Um nome a condizer com as suas origens, em que Fat Cap apresenta uma compilação com remisturas de temas de MGDRV, Macacos do Chinês, Holly com Tem-P ou Richie Campbell.
O mais recente trabalho chama-se "Final Hour" e é um EP de batidas mais clássicas, complementadas pela conotação futurista dos restantes instrumentos.
Para breve, promete, haverá um novo trabalho. Este, mais virado para o Neurofunk.
Na primeira pessoa, Fat Cap resume esta primeira década de carreira e fala de algumas das influências.
Como resumes estes 10 anos de ligação à música?
De uma maneira geral posso resumir 10 anos de carreira sob o nome Fat Cap como se fosse uma aventura. Se me perguntassem no início onde estaria eu dalí a 10 anos não diria que me imaginava aqui. Comecei os meus estudos musicais por volta dos 12 anos, aprendi a tocar guitarra clássica, bateria e baixo. Aos 16 anos conheci este estilo de musica electrónica (Drum&Bass) e por volta dos 17 experimentei misturar dois vinis na casa de um amigo e apaixonei-me completamente. 1 ano depois, em 2006, foi a minha estreia como DJ.
Tive algumas conquistas, como ser anunciado "Up & Coming Talent Dj" em 2007 e eleito Segundo Melhor Produtor Nacional de Drum&Bass e nos anos mais recentes lançar trabalhos por editoras estrangeiras, o que me abriu portas para ganhar mais seguidores de lá de fora e tocar noutros países. Como disse, tem sido uma aventura, com muitos obstáculos que são ultrapassados com muito trabalho, e claro, com muitas recompensas a todos os níveis.
Quais são as tuas influências e inspirações?
As minhas influências são várias, a começar pela vida em si. Tudo à minha volta me inspira e influência a fazer música. Para além de Fat Cap, tenho outros projectos que exploram outras vertentes musicais e possibilitam-me expressar de diferentes maneiras. Gosto muito de não sentir nenhumas algemas que me prendam em relação a ser variado a nivel musical, e isso pode-se quando ouves Omega Krew (hip-hop), Sotie Flow (rock/funk/folk/reggae), Specular (experimental) ou Sub Tatics (Electro), projectos dos quais eu faço parte.
A minha inspiração também vem de outros produtores e djs, em que alguns se foram tornando amigos ao longo dos anos e continuam a inspirar-me. São demasiados nomes para começar a mencionar e não deixar nenhum de lado... Quando vou actuar gosto de ver os outros djs em acção e há sempre alguém que me inspira. Quando tenho a oportunidade também vou assistir actuações de nomes que gosto e uma noite dessas serve sempre de inspiração.
E projectos para o futuro? Como vão ser os próximos 10 anos?
Não sei bem como vão ser, mas há muito trabalho encima da mesa e objectivos a cumprir. Sempre fiz musica porque amo a música e sempre o fiz com dedicação, e é o que vou continuar a fazer e o que terá de vir, virá.
O nosso agradecimento ao Fat Cap e que venham mais 10 anos de sucesso!