(Fotografia: Wilson Pereira)
Até ao final deste mês, chega "Heavy Black Bird", o novo EP de Dead End. "Cherokee", a faixa de avanço, promete uma compilação de alta cilindrada.
Com cinco EP's cá fora, o beatmaker oriundo da Amadora está prestes a mostrar ao Mundo o seu sexto trabalho, que em breve estará disponível para download gratuito. Este, sucede a "Gorilla", lançado no início do verão passado. A promessa é de que irá manter a estrutura que lhe é característica, num registo dark, com mensagens subliminares a espelharem a sua visão e cunho pessoal. O objectivo é continuar a "mandar a casa a baixo".
À parte deste "Heavy Black Bird", está já planeado o lançamento de uma outra compilação para a segunda metade do ano. Sem levantar muito o véu, podemos apenas adiantar que trará um registo diferente do habitual, a explorar outro tipo de sonoridades e novos caminhos.
Carlos Salgueiro é o nome por trás de Dead End. Atraído pela mistura da electrónica com o hip hop e dono de um lado mais banger, permanece em constante busca por uma sonoridade única e facilmente identificável.
Outrora estudante de cinema, começou por fazer bandas sonoras para curtas-metragens e arrastou os conhecimentos até à participação na concepção dos próprios videoclips ("Sugar Green Skunk" e "Jungle"), sem deixar de parte os recortes cinemáticos audíveis nas suas produções.
Vencedor da Urban Beat Battle em 2011, no Musicbox, tem feito o seu caminho com várias produções, algumas colaborações e aparições ao vivo.
A viagem continua e é possível acompanhá-la através da sua página do Soundcloud.
Convidámos o Dead End para, nesta #CurtasMusicart, nos falar um bocadinho sobre ele e o novo EP.
Para quem não conhece, quem é o Dead End? Quais são as tuas sonoridades e inspirações?
Yo! Sou um produtor de música eletrónica nascido na Amadora, tenho como base o hip-hop e o trap mas o meu som também se estende a outros caminhos que vou explorando e trazendo para a música que crio. Gosto de inovar e de ir transformando a minha sonoridade, por isso, para quem não conhece podem esperar ouvir headbangers, mas com um toque muito peculiar que tenho vindo a trabalhar e a apurar ao longo do tempo. Tento sempre trazer elementos novos para as minhas músicas e ir diversificando o som, seguindo sempre a minha visão.
As minhas inspirações em tudo que faço são sempre a minha família e os meus amigos, em relação a referências musicais inspiro-me em grandes artistas dos mais variados géneros, gosto de diversidade e não de ouvir sempre o mesmo tipo de som, mas nomes concretos posso dizer-te que os meus favoritos são: Nirvana, Pink Floyd, Korn, Rage Against The Machine, Kanye West, Baauer, Lunice, Hudson Mohawke, Flume, Mr. Carmack, Sinjin Hawke, TOKiMONSTA, Flosstradamus, Missy Elliott, Notorious B.I.G., Tyler The Creator, Justice, Marilyn Manson, Kid Cudi, Travis Scott, Young Thug, Modeselektor, Boys Noize, Jai Paul, Jimi Hendrix, The Avalanches, Nina Simone e por aí fora...
Passaste pela Breed, no Vogue Fashion Night Out e pela "Gin & Juice" no Musicbox. Qual é a sensação de tocar ao vivo? Há alguma previsão para que se repita em breve?
Tocar ao vivo é uma sensação incrível sem igual, vibro muito com isso e deixa-me feliz principalmente o facto de olhar para a frente e ver pessoas que gostam e estão a divertir-se a dançar com a música que eu estou a passar. É brutal a força que isso tem em mim e a energia que me dá e é uma das coisas que me faz sentir melhor. Neste momento estou a aguardar por convites, tenho datas para tocar que estão previstas mais para a frente mas ainda não posso comunicar porque não está nada certo.
O novo EP, "Heavy Black Bird", sai agora em Março. O que é que podes adiantar deste novo trabalho?
O Heavy Black Bird vai ser lançado no fim de Março, para download gratuito. É um EP repleto de bangers com batidas fortes e de mensagens subliminares sobre a minha visão, através de samples e de sintetizadores. Puxa um bocado para um lado mais dark e agressivo da minha produção, mas penso que é uma nova abordagem à minha música, é mais maduro e procurei levar as coisas mais além, criando composições mais ricas. O objetivo será sempre reinventar a minha música e explorar outros caminhos mas sempre mantendo-me fiel a mim próprio.
Um enorme agradecimento ao Dead End pela participação nesta rubríca.
(Fotografia: Wilson Pereira)