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Musicart

Vodafone Mexefest 2015: roteiro Musicart

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Há que admitir: é um roteiro ambicioso. Mas, uma das muitas coisas que distingue o Vodafone Mexefest de outros festivais é precisamente esta adrenalina ao andar de palco em palco, em contra-relógio, à procura de um bom lugar onde dê para ver e ouvir aquele artista / banda que queríamos mesmo ver ou que conhecemos através do Youtube depois de ver o cartaz para esta edição.

Os quilómetros de vai-e-vem na Avenida da Liberdade são normalmente compensados por uma actuação inesperada, que nos puxa o interesse e faz-nos ir atrás do trabalho de certos artistas. Aconteceu no ano passado, por exemplo, com Francis Dale e de certeza que há-de voltar a acontecer este ano.
É a imprevisibilidade dos nomes, das actuações e das próprias salas, que contribuem para que este seja um dos melhores festivais de média dimensão.

A escolha nem sempre é fácil, mas é este poder de decisão (que também acontece muitas vezes noutros festivais com mais do que um palco, ainda que numa escala mais reduzida) que nos transforma em pequenos "produtores de eventos". E nós gostamos disso.
Para o caso de indecisão entre dois concertos que se realizem praticamente em simultâneo, a nossa dica é que optem por o que se realize no espaço mais próximo daquele que pretendem ver a seguir. Foi com base nessa premissa que foram feitas algumas das escolhas que se seguem.
Vai ser complicado assistir a muitos concertos do início ao fim e é preciso um bom pulmão para aproveitar ao máximo. Mas, se para vocês aproveitar ao máximo significa disfrutar do concerto que estão a ver, então força. Fiquem. Não há regras. Readaptem o roteiro.
Aqui vai o nosso:



Dia 27

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Começamos na Sociedade de Geografia de Lisboa. Na edição de 2011, os Dead Combo passaram pelo Tivoli. Desta vez, Tó Trips apresenta-se a solo, com a sua "Guitarra Makaka" e promete levar-nos a vários cantos do Mundo.
Entre as 21H e as 22H temos de nos dividir entre o hip hop da norte-americana Akua Naru, na Estação do Rossio e o funk/disco dos La Priest no Teatro Tivoli BBVA. Isto, se ainda quisermos apanhar Mahmundi no Tanque. A brasileira faz parte do Bloco que conta também com a rapper Carol Conka e que tem a missão de dar continuidade à festa no pedaço.
Os curtos 60 minutos entre as 23H e as 0H também são para dividir. Temos hip hop em dois pontos distintos: o londrino Roots Manuva, que é um dos artistas mais esperados e com estreia absoluta em Portugal, vai estar na Estação do Rossio, enquanto que Roger Pléxico, dos DJ's e produtores portugueses, SlimCutz e Taseh, tocam no Palácio Foz. Estes últimos integram a curadoria do Rimas e Batidas, assim como Nerve, que acaba de lançar o segundo álbum de originais e actua na mesma sala a partir da meia-noite.
À 0H20, podemos começar a pensar em atravessar a estrada e ir até ao Coliseu para ver Benjamin Clementine. Acompanhado pelo piano, com a sua voz invulgar e carregado de poesia e espiritualidade, promete ser um dos pontos altos desta edição.
Até às 2H15, tempo ainda para voltar à curadoria do Rimas e Batidas para, no Palácio Foz, dançar ao som de DJ Firmeza e os seus ritmos africanos. Isto, se ainda tiverem pernas.




Dia 28

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Sábado com previsão de sol. Porque não começar a tarde pela zona do Príncipe Real com uma visita ao Mercado da Música Independente? Vão estar por lá mais de 30 editoras e artistas a venderem os próprios álbuns, com DJ sets e showcases a decorrerem em simultâneo.
Às 20H10 passamos pela bonita Casa do Alentejo para They're Heading West + Convidados. A banda portuguesa acaba de lançar um álbum que tem como convidados Ana Bacalhau, Capicua, Frankie Chavez, You Can’t Win, Charlie Brown, entre outros. Uma óptima oportunidade para conhecê-los melhor.
Por volta das 21H subimos pela primeira vez ao Cinema São Jorge para Best Youth, que se estreiam na edição de Lisboa depois de já terem passado por uma edição anterior do Mexefest no Porto e às 21H45 podemos atravessar a Avenida da Liberdade para ver Georgia e a sua fusão de géneros musicais no Teatro Tivoli BBVA.
Da Chick já dispensa apresentações. Depois de vencer o prémio como "Melhor Atuação ao Vivo – Artista Revelação by Antena 3" nos Portugal Festival Awards e antes de representar Portugal no Festival Eurosonic, na Holanda, passa pelo Tanque a partir das 22H20, até às 23H15.
Cinco minutos para subir até ao São Jorge se não quiserem perder nada da fusão da pop e electrónica com os ritmos africanos dos Petite Noir, antes de voltar a descer ao Tanque. Peaches leva uma dose elevada de loucura até à piscina vazia do Ateneu.
Logo ali ao lado, no Coliseu dos Recreios, a partir das 0H20, Patrick Watson traz a sua mistura de ecletismo e idêntidade própria.
O Palácio Foz foi a sala escolhida para quem quer acabar a noite ao som das "Good Vibes" do new soul e funk do Seven David Jr e se ainda não estiverem satisfeitos, não dispensem uma passagem pelo Tanque para dançar com Meu Kamba Live. O projecto de um dos ícones do hip hop português, D-Mars, que numa selecção feita em colaboração com Rui Miguel Abreu trazem os sons das antigas colónias à pista de dança.


 (playlist: roteiro Musicart)



Nós avisámos que era ambicioso. E fica sempre a sensação de que não pudemos ver tudo o que queremos, como é o caso de Villagers ou Tropkillaz, que vão ter de ficar para uma próxima.

Este é daqueles festivais em que o uso da app criada para o efeito é verdadeiramente útil. Da lotação das salas até aos alertas para o inicio dos concertos que são colocados na agenda, tudo é feito e programado para que não seja perdido tempo desnecessário.

Como diz uma letra de MGDRV tocada na edição do ano passado, a noite é nossa. Neste caso, as noites são nossas, por isso aproveitem!

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(mapa)