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Musicart

Mercado de Música Independente #2

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No sábado à tarde, passámos pelo Mercado de Música Independente para ver o que se passava e não saímos de mãos a abanar.

O Mercado instalou-se numa sala ampla. Nas laterais, perto de 30 bancas de editoras e artistas, cheias de diversidade.
Havia Buraka Som Sistema, Dead Combo, Xinobi ou José Cid. Havia rap e blues. Havia CD's, vinis, cassetes e pens. Havia t-shirts, bonés, autocolantes e livros. Havia música recente e antiga. Artistas portugueses e internacionais. Havia de quase tudo e para todos os gostos e a bons preços.
Ao fundo da sala, o palco com o selo Vodafone Mexefest onde se realizavam os showcases e DJ sets, preparava-se para um showcase da Kambas.
Não estavam muitas pessoas em simultâneo, apesar de haver sempre gente a entrar e sair. Sem encontrões, sem confusão e sem ter de esticar o pescoço para ver o que estava em cima de cada banca. Pelo meio, algumas caras conhecidas. Uns a dá-la pelos seus trabalhos, como SlimCutz e Taseh (Roger Plexico) ou Slow J, outros apenas de visita.
  

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A forma como os trabalhos foram apresentados não passava ao lado. Uns a apostar na criatividade, outros a jogarem com as cores do material que tinham em cima da mesa, obrigaram parte dos visitantes a dar mais do que uma volta ao recinto.
A aproveitar a pouca luz, numa das paredes, a Kimahera projectava um dos videoclips dos Tribruto. A poucos metros, a Monster Jinx dava a oportunidade de ouvir o disco dos Roger Plexico, com o cor-de-rosa a chamar a atenção de quem pudesse passar sem reparar. A Meifumado tinha notas com a cara de PZ, cassetes e caixas de comprimidos Lo-Fi Hipster Trip, o novo trabalho dos Corona na Casa. A Enchufada oferecia um disco com uma pequena compilação em nome próprio e músicas de PAUS, Buraka Som Sistema, Orelha Negra ou Macacos do Chinês.
Estes são apenas alguns exemplos do que era possível encontrar. Mas, o nosso "prémio criatividade" vai para Slow J, que montou uma mesa para um jantar a dois, onde servia o álbum, "The Free Food Tape". Apesar da simpatia, não nos sentámos para jantar mas levámos take-away.


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Vodafone Mexefest 2015: roteiro Musicart

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Há que admitir: é um roteiro ambicioso. Mas, uma das muitas coisas que distingue o Vodafone Mexefest de outros festivais é precisamente esta adrenalina ao andar de palco em palco, em contra-relógio, à procura de um bom lugar onde dê para ver e ouvir aquele artista / banda que queríamos mesmo ver ou que conhecemos através do Youtube depois de ver o cartaz para esta edição.

Os quilómetros de vai-e-vem na Avenida da Liberdade são normalmente compensados por uma actuação inesperada, que nos puxa o interesse e faz-nos ir atrás do trabalho de certos artistas. Aconteceu no ano passado, por exemplo, com Francis Dale e de certeza que há-de voltar a acontecer este ano.
É a imprevisibilidade dos nomes, das actuações e das próprias salas, que contribuem para que este seja um dos melhores festivais de média dimensão.

A escolha nem sempre é fácil, mas é este poder de decisão (que também acontece muitas vezes noutros festivais com mais do que um palco, ainda que numa escala mais reduzida) que nos transforma em pequenos "produtores de eventos". E nós gostamos disso.
Para o caso de indecisão entre dois concertos que se realizem praticamente em simultâneo, a nossa dica é que optem por o que se realize no espaço mais próximo daquele que pretendem ver a seguir. Foi com base nessa premissa que foram feitas algumas das escolhas que se seguem.
Vai ser complicado assistir a muitos concertos do início ao fim e é preciso um bom pulmão para aproveitar ao máximo. Mas, se para vocês aproveitar ao máximo significa disfrutar do concerto que estão a ver, então força. Fiquem. Não há regras. Readaptem o roteiro.
Aqui vai o nosso:



Dia 27

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Começamos na Sociedade de Geografia de Lisboa. Na edição de 2011, os Dead Combo passaram pelo Tivoli. Desta vez, Tó Trips apresenta-se a solo, com a sua "Guitarra Makaka" e promete levar-nos a vários cantos do Mundo.
Entre as 21H e as 22H temos de nos dividir entre o hip hop da norte-americana Akua Naru, na Estação do Rossio e o funk/disco dos La Priest no Teatro Tivoli BBVA. Isto, se ainda quisermos apanhar Mahmundi no Tanque. A brasileira faz parte do Bloco que conta também com a rapper Carol Conka e que tem a missão de dar continuidade à festa no pedaço.
Os curtos 60 minutos entre as 23H e as 0H também são para dividir. Temos hip hop em dois pontos distintos: o londrino Roots Manuva, que é um dos artistas mais esperados e com estreia absoluta em Portugal, vai estar na Estação do Rossio, enquanto que Roger Pléxico, dos DJ's e produtores portugueses, SlimCutz e Taseh, tocam no Palácio Foz. Estes últimos integram a curadoria do Rimas e Batidas, assim como Nerve, que acaba de lançar o segundo álbum de originais e actua na mesma sala a partir da meia-noite.
À 0H20, podemos começar a pensar em atravessar a estrada e ir até ao Coliseu para ver Benjamin Clementine. Acompanhado pelo piano, com a sua voz invulgar e carregado de poesia e espiritualidade, promete ser um dos pontos altos desta edição.
Até às 2H15, tempo ainda para voltar à curadoria do Rimas e Batidas para, no Palácio Foz, dançar ao som de DJ Firmeza e os seus ritmos africanos. Isto, se ainda tiverem pernas.




Dia 28

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Sábado com previsão de sol. Porque não começar a tarde pela zona do Príncipe Real com uma visita ao Mercado da Música Independente? Vão estar por lá mais de 30 editoras e artistas a venderem os próprios álbuns, com DJ sets e showcases a decorrerem em simultâneo.
Às 20H10 passamos pela bonita Casa do Alentejo para They're Heading West + Convidados. A banda portuguesa acaba de lançar um álbum que tem como convidados Ana Bacalhau, Capicua, Frankie Chavez, You Can’t Win, Charlie Brown, entre outros. Uma óptima oportunidade para conhecê-los melhor.
Por volta das 21H subimos pela primeira vez ao Cinema São Jorge para Best Youth, que se estreiam na edição de Lisboa depois de já terem passado por uma edição anterior do Mexefest no Porto e às 21H45 podemos atravessar a Avenida da Liberdade para ver Georgia e a sua fusão de géneros musicais no Teatro Tivoli BBVA.
Da Chick já dispensa apresentações. Depois de vencer o prémio como "Melhor Atuação ao Vivo – Artista Revelação by Antena 3" nos Portugal Festival Awards e antes de representar Portugal no Festival Eurosonic, na Holanda, passa pelo Tanque a partir das 22H20, até às 23H15.
Cinco minutos para subir até ao São Jorge se não quiserem perder nada da fusão da pop e electrónica com os ritmos africanos dos Petite Noir, antes de voltar a descer ao Tanque. Peaches leva uma dose elevada de loucura até à piscina vazia do Ateneu.
Logo ali ao lado, no Coliseu dos Recreios, a partir das 0H20, Patrick Watson traz a sua mistura de ecletismo e idêntidade própria.
O Palácio Foz foi a sala escolhida para quem quer acabar a noite ao som das "Good Vibes" do new soul e funk do Seven David Jr e se ainda não estiverem satisfeitos, não dispensem uma passagem pelo Tanque para dançar com Meu Kamba Live. O projecto de um dos ícones do hip hop português, D-Mars, que numa selecção feita em colaboração com Rui Miguel Abreu trazem os sons das antigas colónias à pista de dança.


 (playlist: roteiro Musicart)



Nós avisámos que era ambicioso. E fica sempre a sensação de que não pudemos ver tudo o que queremos, como é o caso de Villagers ou Tropkillaz, que vão ter de ficar para uma próxima.

Este é daqueles festivais em que o uso da app criada para o efeito é verdadeiramente útil. Da lotação das salas até aos alertas para o inicio dos concertos que são colocados na agenda, tudo é feito e programado para que não seja perdido tempo desnecessário.

Como diz uma letra de MGDRV tocada na edição do ano passado, a noite é nossa. Neste caso, as noites são nossas, por isso aproveitem!

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(mapa)

Orelha Negra: 16-1-16

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(Imagem: facebook Orelha Negra)


À semelhança com que aconteceu em 2012, o CCB foi novamente o local escolhido para a apresentação do novo álbum dos Orelha Negra.

Há três anos, "Solteiro" abria as hostes. Desta vez, sem um single em pré-lançamento, preferem não levantar o véu sobre o que se vai passar no dia 16 de Janeiro. Um presente para os fãs mais dedicados que vão assistir ao concerto e poder ver e ouvir os novos temas em primeira mão.

Em entrevista à Antena 3 e ao Rimas e Batidas, sem revelar em demasia, afirmaram que esta etapa passa por explorar novos caminhos, novas abordagens e coisas que ainda não tinham sido experimentadas, com o processo criativo a simplicar-se à medida que se vão conhecendo melhor e passam mais tempo juntos.

Depois de cinco anos a trabalhar em conjunto e uma paragem para se dedicarem a outros projectos, os Orelha Negra voltaram ao estúdio para fazer este novo disco. Não está acabado, não há data de lançamento, mas há a certeza de que no dia 16-1-16 vamos poder ouvi-lo pela primeira vez.

Os bilhetes, que custam entre 7,5€ e 30€, estão à venda na ticketline e nos locais habituais. 

Paris: em nome do amor

Fred Le Chevalier ou, em português, Fred o Cavaleiro.
Por toda a cidade de Paris é possível apreciar as suas obras. Principalmente em Belleville, um dos berços da street art na cidade, onde o artista mora e trabalha.

Através da habitual técnica da colagem, com o papel como composição, num registo poético e romântico, Fred decidiu levar as suas personagens até aos locais onde ocorreram os atentados de sexta-feira. Surgem nas paredes, rodeadas por balas, com uma expressão doce e ingénua, com asas, corações ou a segurar numa vela.
O objectivo é proclamar o amor em vez da guerra. 

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Vodafone Mexefest 2015: As Novidades

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(Imagem: Royalty)



O Vodafone Mexefest está de volta à Avenida da Liberdade nos dias 27 e 28 deste mês.
Além das novidades no cartaz, existem outras em destaque nesta edição do festival.

Já é habitual, de ano para ano, existirem alterações no conjunto de salas que recebem os concertos. Este ano não é excepção.
Sai de cena o Starbucks da Estação do Rossio e o Ginásio do Ateneu Comerial de Lisboa. Este último, que na edição do ano passado revelou alguns problemas com a acústica, evidentes nos concertos de Pharoahe Monch e principalmente no de Cloud Nothings, não vai deixar grandes saudades.
Quem está de volta é o Teatro Tivoli BBVA, depois de dois anos fora destas andanças. Em edições anteriores, o Tivoli recebeu nomes como James Blake, Alt-J, Django Django, Michael Kiwanuka, além dos portugueses Dead Combo e Samuel Úria.
Em estreia, a Sala 3 do Cinema São Jorge, que se junta à Sala Montepio e à Sala Manoel de Oliveira no roteiro do festival. É aqui o Vodafone Blackout Room, em que durante 15 minutos os artistas vão tocar completamente às escuras, com o público a disfrutar da audição como único sentido.
Também em estreia absoluta, o Tanque. A antiga piscina do Ateneu Comercial de Lisboa abriu este ano para receber concertos. Apesar das festas da bloop recordings e da Arte Viral neste espaço, a inauguração oficial aconteceu no passado dia 7 de Novembro, com um concerto de Moullinex e Throes + The Shine. Curiosamente, ambos já fizeram parte do cartaz do Mexefest.
Ao contrário da vontade da organização, expressa após o final da edição do ano passado, ainda não é este ano que o Vodafone Mexefest vai poder passar pelo Parque Mayer. Mas, parece ser evidente um upgrade no leque de salas.

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(Imagem: facebook bloop recordings)


Outra das grandes novidades, é a 2ª edição do Mercado de Música Independente. Este ano, em parceria com o Vodafone Mexefest, que alarga o raio de acção até ao Príncipe Real.
Realiza-se no Picadeiro Real do Antigo Colégio dos Nobres, no Museu da História Natural e da Ciência e é uma iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Santo António e por Rui Miguel Abreu.
Vão marcar presença mais de duas dezenas de editoras, entre as quais a Enchufada, Kambas, Lovers & Lollypops, Discotexas, Hey! Pachuco, Monster Jinx, Mano A Mano, Golden Mix, Lux Records ou Tomorrow is Now Kid, com descontos para os portadores de pulseira para o festival.
O Mercado vai estar aberto entre as 12H às 19H, com showcases e DJ sets a complementarem a venda de novos álbuns, edições raras, exclusivas ou esgotadas nos circuitos habituais de distribuição. 
Um aquecimento perfeito para os dois dias de concertos.

 

 (entrevista de Rui Miguel Abreu no CC, acerca do MMI)



#PrayForParis

Palavras de apoio e tristeza substituídas por ilustrações.
Foi desta forma que artistas portugueses e internacionais se expressaram acerca da tragédia de Paris.




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 por Dfault



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 por André Baron

 



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por Jean Jullian



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por André da Loba



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 por Ana Aragão



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por Eu Me Chamo Antônio



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por Obey Giant



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por HuskMitNavn



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por Ricardo Cavolo



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por Gary Baseman



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por Steve Sack



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por Carlos Latuff



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por Jaume Capdevila



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por Osama Hajjaj



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por Jeff Darcy 

Novembro, o mês dos discos

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(imagem: Royalty)

 

Este é o mês perfeito para os amantes dos discos e do vinil. São quatro os mercados prontos a deliciar coleccionadores e curiosos.

A primeira feira do género aconteceu ontem, no "Open Day" da LX Factory.
Factory Vinyl Affair foi o nome desta co-produção LxMarket e UNlogical, que contou com DJ sets e performances de arte urbana, tendo com o vinil como tema central.
As vendas estiveram a cargo da Magic Bus Loja de Discos, TNT Music, Discolecção - Loja de discos de vinil, MaD Records, Glam-O-Rama Rock Shop, Suburbia Recordz e LxMarket Vinyl Stalls.

Para este domingo há a Feira dos Senhores do Vinil, no Park, entre as 14H e 20H.
A organização pertence a Alexandre Barbosa (Sound Club Store) e Vitor Nunes (Discolecção), com a presença de Retrovisor, Dig Wax, One O One, Sofuno, Magic Bus, JCCallixto, Groovy Records, A Record a Day e Espiral Day, além das bancas dos curadores.
Ao som de DJ sets, vai ser possivel escolher, comprar ou apenas observar algumas das raridades do vinil. 

Nos dias 27 e 28, o Mercado da Música Independente acontece no Picadeiro Real do Antigo Colégio dos Nobres, no Museu da História Natural e da Ciência, entre as 12H e as 19H.
Um evento em parceria com o Vodafone Mexefest, com entrada grátis e descontos para os portadores de pulseira do festival, organizado pela Junta de Freguesia de Santo António e por Rui Miguel Abreu.
Neste caso, são as editoras nacionais a vender os próprios discos, entre as quais a Enchufada, Kambas, Discotexas, Lux Records ou Lovers & Lollypops.

Na Feira das Almas também há um mercado de música independente. Chama-se Feira de Discos de Vinil e decorre entre as 10H e as 21H, na Taberna das Almas, nos Anjos.
Além do mercado, com a participação de editoras nacionais e internacionais, há uma exposição de ilustração, concertos, DJs, exibição de um filme, debates e será apresentado o Festival Barreiros Rocks 2015. 
A organização pertence à Groovie Records e à Associação Recreativa das Almas.

Slow J serve "The Free Food Tape"

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Há pouco mais de meio ano, Slow J lançava o seu EP de estreia. "The Free Food Tape" carimbou a entrada em cena do até então desconhecido rapper e compositor.

Por norma, a curiosidade aguça o engenho. Neste caso, o engenho deste álbum aguçou a curiosidade de quem o ouviu. Afinal, quem é o Slow J? Uma pequena biografia no site pessoal dizia-nos que se chama João Batista Coelho, tem (apenas) 23 anos e nasceu em Setúbal, onde viveu até completar 8 anos e ver a sua vida transformada numa autêntica "roda viva", com constantes mudanças de casa, tendo adoptado a música como companheira de viagem. Estudou Engenharia de Som em Londres e voltou para Portugal, onde estagiou na Bigbit Estúdios e teve oportunidade de trabalhar com artistas como NBC ou Valete.

Passaram sete meses desde o lançamento do "The Free Food Tape". Entretanto, Slow J apresentou o EP ao público numa festa em Telheiras com o carimbo da ASTROrecords, que contou com a participação de nomes como Profjam, Mike El Nite, Vilão, Papillon, Phoenixx MG e Magboy Rsk. Foi convidado para o 1º Festival Rimas e Batidas, onde apresentou o videoclip do tema "Tinta da Raiz" e deu-se a conhecer através de uma série de entrevistas. 
Em jeito de previsão arriscada, ainda vamos ouvir falar muito dele.


 

O álbum foi lançado em Abril, mas não é tarde para falar daquele que é, com toda a certeza, um dos melhores EP's de 2015.
"The Free Fast Food" deixa-nos indiferentes aos valores calóricos inerentes ao tipo de comida, para disfrutar de uma mistura de sabores que juntam um beat crú e despido, com toques de clássico, a uma lírica real, sentida e fluente. 
São sete as faixas que completam o álbum e é praticamente impossível ficar indiferente a cada delas.
"Play no beat, tarola a marcar, deixar a caneta rasgar". Este é um dos versos do primeiro tema, "A Origem", que serve de aperitivo para o prato principal, prontamente servido: "Portus Calle", "Tinta da Raiz", "Pai Eu", "Cliente" e "A Origem". A necessidade em referir o nome das restantes músicas prende-se com a dificuldade em destacar apenas uma ou duas, num álbum coerente, com instrumentais aprimorados e aliados à forte componente da escrita.
Mas calma. O último tema não ficou esquecido. "Cristalina" é a sobremesa cantada. Diferente dos restantes, com um toque doce, suave, profundo e melancólico, é a chave de ouro para fechar esta refeição.

O EP está disponível para download gratuíto, mas também é possível adquirir em formato físico, que conta com mais sete instrumentais.
Todas as letras estão disponíveis no site do artista.

 

 

LX Factory: OPEN DAY #15

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A LX Factory volta a abrir as portas ao público na próxima sexta-feira para o 15º "Open Day".
A partir das 11H e até de madrugada, a fábrica mais criativa de Lisboa tem planeado um programa continuo de actividades, que vão desde a degustação à dança, sem pôr de parte as massagens.

Ver, fazer, comer e beber, ouvir e dançar, descobrir. É nestas categorias que se divide o "programa das festas". 

Para ver não vão faltar as exposições, projecções e exibições de artistas nacionais e internacionais, como "Que Viva México". Uma video-projecção em que Melo D ingressa numa viagem ao som deste e do outro universo, ou "Dreampire", que colecciona os sonhos das pessoas e transforma-os em vídeos ou em pinturas.
Na música está um dos grandes destaques. Factory Vinyl Affair, uma feira do vinil com DJ sets, que vai acontecer na Fábrica XL entre as 11H e 23H. Isto, além da possibilidade de ir até um espaço onde se reunem fãs da obra musical, poética e fotográfica de Lou Reed.
Há ainda uma feira de arte / exposição com artistas convidados, chamada ARTE À NOITE + URBAN ART e # É O QUE TEM PARA HOJE, com música, uma video / instalação fixa e o lançamento de um livro.
Nesta edição, estão de volta os habituais mercados outdoor. Um mercado rural e o Lx Creative Market, que se apresenta como um mercado cheio de criatividade e ideias inovadoras.

E entrada no espaço é livre, sendo algumas das actividades cobradas individualmente.

Vê aqui o programa completo do OPEN DAY #15.